Numa nota em três pontos, o Presidente da República dá conta que não foi tido nem achado na data de inauguração do monumento de homenagem às 115 vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande.
O jornal Expresso deu conta esta terça-feira que o primeiro-ministro vai terça-feira, dia 27 de junho, pelas 17h00, à inauguração oficial da obra projetada pelo arquiteto Souto de Moura e passadas umas horas Marcelo Rebelo de Sousa fez saber que "teve conhecimento, pela Comunicação Social, da cerimónia de inauguração".
Ou seja, fica implícito que António Costa não teve em consideração que Marcelo estará fora do país precisamente nessa data. E Marcelo acusou o toque, referindo na nota que "como é sabido" irá estar "nessa data em Itália, numa reunião da COTEC Europa".
Na nota divulgada na página oficial da Presidência da República, marcelo acrescenta que irá estar "juntamente com o Presidente italiano Sergio Mattarella e o Rei Felipe VI de Espanha, encontro esse que terminará ao início da tarde, tornando impossível estar de volta a Portugal antes do fim" da inauguração do monumento.
No ponto três da nota, Marcelo reforça que "já tinha anunciado que tenciona visitar, ainda este mês, a região afetada pelos terríveis incêndios de há seis anos", só ainda não adiantou a data em que irá fazê-lo.
Segundo o jornal Expresso a inaugiração do monumento de homenagem irá ocorrer quase duas semanas depois de a obra ter sido entregue como concluída pela Infraestruturas de Portugal.
Em declarações aos jornalistas Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, apressou-se a "lamentar" a falta de uma homenagem imediata, esclarecendo que se tratou de uma decisão do executivo, que optou por "deixar um dia de reserva para as famílias".
"Faremos um momento mais formal de homenagem, a muito breve prazo, com as entidades e sobretudo com a associação de vítimas e com os autarcas. Não esquecemos."
Esquecido terá ficado o Presidente da República que assegura agora que soube da data da homenagem pela comunicação social, salientando que irá estar em Itália nessa altura para o encontro da COTEC, uma deslocação aprovada pelo Parlamento português a 7 de junho.