Cerca de 90 famílias da Coreia do Norte e da Coreia do Sul voltaram esta segunda-feira a estar juntas, num encontro marcado pela emoção e descrença depois de anos de separação forçada.
As reuniões familiares - as primeiras em três anos - aconteceram no resort do Monte Kumgang, na Coreia do Norte, e são possíveis graças à recente aproximação entre os dois países.
Cerca de 330 sul-coreanos, de 89 famílias, muitos idosos, em cadeira de rodas, abraçaram familiares da Coreia do Norte, num ambiente de alegria e descrença, descreve a agência Reuters.
Alguns tiveram dificuldades em reconhecer os familiares que não viam há 60 anos.
“Que idade tens tu?”, perguntou Kim Dal-in, de 92 anos, à sua irmã, Yu Dok, depois de um breve silêncio.
“Vivi até agora para me encontrar contigo”, respondeu Yu Dok, de 85 anos, enquanto limpava as lágrimas e segurava uma fotografia do seu irmão quando era jovem.
As irmãs Kim Gyong Sil, de 72 anos, e Gyong Yong, de 71, reencontraram a sua mãe Han Shin-ja, de 99 anos.
Emocionados após décadas de separação forçada, nem conseguiram falar durante alguns minutos. Trocaram carícias nas mãos e no rosto até trocarem as primeiras palavras.
Estas famílias são vítimas do braço de ferro entre as duas Coreias, que subsiste desde a guerra civil de 1950-1953, que dividiu a península.
Mais de 57 mil sul-coreanos estão registados no programa de reunificação familiar, que geralmente termina com despedidas dolorosas.
Os encontros começaram esta segunda-feira e vão durar até sábado.