O candidato presidencial do Chega, André Ventura, promete ser o último português a vacinar-se contra a covid-19, após as notícias de que os titulares de altos cargos públicos virem a ter prioridade na imunização contra o SARS-Cov-2.
“Eu não me vou deixar vacinar. Um líder político não se deixa vacinar quando há idosos sem vacina, médicos, enfermeiros e professores sem vacina. Eu serei o último a ser vacinado em Portugal”, garantiu.
André Ventura voltou a deixar críticas a Marcelo Rebelo de Sousa, que considera uma "vergonha de Presidente", em relação ao incidente que ocorreu em Setúbal, na quinta-feira.
“Até à hora em que estamos, não me telefonou. Ficou conhecido por telefonar a todos por dá cá aquela palha. Ligou para toda a gente mas, quando um adversário político é ofendido, não conseguiu ter uma palavra de demarcação, o tal Presidente da direita humanista”, criticou André Ventura.
O presidente do partido da extrema-direita parlamentar discursava no comício de encerramento da campanha, num hotel lisboeta, perante cerca de 50 apoiantes e dirigentes da recém-formada força política populista.
“Até Rui Rio [presidente do PSD] se veio demarcar e toda a extrema-esquerda, que sabia das suas responsabilidades, veio demarcar-se. Vergonha de Presidente”, gritou, sendo acompanhado em coro pela plateia, munida com bandeiras.
Ventura reiterou os seus objetivos eleitorais, prognosticando uma enorme votação, “sem paralelo na História de Portugal”, para “provocar uma segunda volta” neste sufrágio, “derrotar toda a esquerda” e provar “que todas as sondagens erraram”.
Ao cabo de quase 2.600 quilómetros em 13 dias, percorrendo os 18 distritos de Portugal continental, Ventura prometeu “um vendaval” político para as eleições de domingo.
“Merecíamos um país que pudesse dignamente chamar-se Portugal. Merecíamos outro país e outro Presidente, que não assistisse impávido, caso atrás de caso, escudando-se a dizer que o Governo faz o melhor que pode”, insistiu, tendo como alvo Marcelo Rebelo de Sousa.
O líder do Chega congratulou-se ainda por a sua candidatura, apoiada por um partido com menos de dois anos de existência, estar já com mais adesão popular nas sondagens do que os concorrentes do histórico PCP (João Ferreira) e do BE (Marisa Matias) juntos.