O Presidente da Ucrânia reagiu este sábado à situação tensa na Rússia, onde os mercenários do grupo Wagner estão em guerra aberta com as chefias militares e políticas russas, nomeadamente o Presidente Vladimir Putin.
Numa mensagem divulgada na sua conta de Telegram, Volodymyr Zelensky disse que "quem escolhe o caminho do mal autodestrói-se" e destacou que o desenrolar dos acontecimentos no país vizinho, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, demonstra que "a fraqueza da Rússia é óbvia".
Apesar de não fazer referência direta a Vladimir Putin, na mesma mensagem Zelensky parece criticar o Presidente russo por "atirar centenas de milhares" de pessoas para a guerra.
Quanto mais tempo a Rússia mantiver as suas tropas e mercenários na Ucrânia, adianta o líder, "mais caos, dor e problemas vai criar para si mais à frente".
"A Rússia tem usado propaganda para mascarar as suas fraquezas e a estupidez do seu Governo. E agora o caos é tanto que nenhuma mentira consegue escondê-lo. E tudo isto se baseia numa pessoa [...] que não consegue liderar nada. A fraqueza da Rússia é óbvia."
Entretanto, de acordo com o correspondente da BBC no Donbass, a notícia de querelas internas na Rússia foi recebida com satisfação pelos ucranianos na frente de combate.
"Se houver uma revolução na Rússia, vou embebedar-me", declarou um dos médicos do Exército ucraniano que está a cuidar de soldados feridos na região de Bakhmut.
Outros mantêm-se cautelosos, sem conseguir antecipar qual o impacto que os recentes acontecimentos poderão ter na guerra.
"Espero que ajude, mas não estou seguro de que assim seja", diz outro médico experiente citado pela BBC. "Parece mais uma espécie de teatro do que uma verdadeira revolução."