O secretário de Estado Adjunto e da Saúde assumiu esta sexta-feira que o Governo quer alargar a todo o país a rede dos balcões SNS 24, que permitem consultas médicas digitais, considerando a medida "transformadora" nos cuidados de Saúde.
Na vista aos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, distrito do Porto, onde estas valências já existem em vários pontos, operando, nomeadamente, a partir de juntas de freguesia, António Lacerda Sales falou num incremento da proximidade das populações com o Serviço Nacional de Saúde.
"É uma experiência transformador dentro do SNS, que queremos replicar em todos os concelhos do país, para estarmos mais próximos dos cidadãos, com a colaboração das autarquias. É um valioso instrumento para as populações mais idosas que têm dificuldades em aceder aos cuidados de Saúde", apontou o governante.
O sistema, que está implementado desde 2020, e a partir deste mês também permite o acesso dos utentes a médicos especialistas, conta já com 141 balcões em Portugal, e permite a realização de teleconsultas, com tecnologia de vídeo, cuja ligação pode ser feita a partir de espaços criados em autarquias, com o apoio dos funcionários locais.
"É uma primeira triagem do cidadão a uma consulta de qualquer tipo, mas não dispensa a consulta presencial quando esta for necessária. Dou outro lado da tela [do computador] estará sempre um médico que poderá referenciar. É uma forma de aliviar a pressão presencial nas unidades de saúde, nomeadamente os serviços de urgência", disse António Lacerda Sales.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde esclareceu, ainda, que o atendimento nestas teleconsultas será feito "por médicos hospitalares de diferentes especialidades, que no horário de trabalho fazem a sua organização e vão assistindo nestas consultas".
Além de comprovar, no terreno, o funcionamento desta valência dos balcões SNS 24, o governante também assistiu, na Unidade de Saúde Local de Matosinhos, igualmente no distrito do Porto, ao lançamento do serviço Telemonit SNS 24.
Trata-se de uma aplicação para ser instalada no telemóvel, onde os utentes podem aceder ao seu plano pessoal de monitorização clínica, proposto por um profissional de saúde que os acompanha.
Nesta aplicação os utentes podem registar sinais vitais ou outras medições biométricas realizadas por si, através de equipamentos ligados sem fios ao seu telemóvel.
A plataforma tem já incluídos programas de telemonitorização para acompanhamento de utentes com insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crónica e de recuperação pós-Covid-19.