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Os sacerdotes e religiosas, na Ucrânia, permanecem ao lado das populações, em aldeias e cidades em situação de desastre humanitário na diocese de Kiev.
“Não podemos estar em mais lado nenhum”, diz o bispo da diocese católica latina de Kiev-Zhytomyr, D. Vitalii Kryvytsky, à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
A Igreja tem estado na linha da frente na assistência às populações que se encontram em maior dificuldade, numa altura em que o sofrimento e as dificuldades atingem praticamente todo o país.
A situação é tão grave que “muitas aldeias e cidades estão em estado de catástrofe humanitária e muitos cidadãos não têm água nem comida”, conta o padre Mateusz Adamski, responsável pela ajuda enviada pela Fundação AIS.
O sacerdote explica que “a equipa diocesana, com padres, freiras e leigos, entregou água, comida e medicamentos em diferentes locais, onde era necessário e possível chegar”, acrescentando que “o pessoal diocesano também tem ajudado a evacuar as pessoas que se encontram em locais perigosos”.
A assistência humanitária num território sob ataque é arriscada, mas o sacerdote reitera que é necessário levar por diante a missão.
“A missão humanitária e o voluntariado estão agora em perigo devido ao risco imediato de vida, mas continuamos a fazê-lo onde for necessário. Nós, como Igreja de Cristo, estamos com o nosso povo que está em perigo, em necessidade, vulnerável, assustado, ferido e fraco”, assegura o padre Mateusz nestas declarações à AIS.
De acordo com o sacerdote, as necessidades são muitas. Além da água, da comida, dos medicamentos e, por vezes mesmo de abrigo, também é preciso ajudar a socorrer os soldados e os civis feridos todos os dias.
“Para isso, é fulcral haver doações de sangue e também aqui a Igreja tem estado na linha da frente. As religiosas da diocese prontificaram-se e tornaram-se elas próprias dadoras regulares. Com este gesto, procuram também imitar Jesus, que também derramou o seu sangue para que pudéssemos viver”, explica.
O padre Mateusz Adamski agradece toda a ajuda que a Fundação AIS tem dado à Ucrânia, e que contribui para manter acesa a chama da esperança de um país que foi invadido pela Rússia no dia 24 de fevereiro.
“Enviamos a nossa gratidão pela vossa solidariedade para connosco e pela unidade na oração. Estas semanas de guerra na Ucrânia foram as mais difíceis e trágicas da história moderna. Estamos convencidos de que Deus nos está a ajudar a sobreviver a estes tempos difíceis através da vossa oração e da vossa ajuda”, conclui.