Uma nova violação em grupo e assassínio na Índia desencadeou esta onda de indignação. O país viveu várias manifestações e debates no Parlamento que exigiram o reforço das penas por violência sexual, após a recente violação em grupo e assassínio de uma jovem veterinária.
Com faixas onde se liam frases como "Pergunte, ouça e respeite", "Que parte do 'NÃO' não entendeu?" ou "Não há sexo sem consentimento", várias centenas de pessoas protestaram hoje no centro de Nova Deli pelo fim dos ataques às mulheres.
Além disso, pediram investigações "rigorosas e rápidas" de casos de violência sexual e julgamentos "rápidos e justos" para os acusados, disse à EFE a secretaria-geral da Pragatisheel Mahila Sangathan (Grupo de Mulheres Progressistas, em hindi), uma das organizações que convocaram o protesto.
A vítima, uma veterinária de 26 anos, foi enganada por quatro homens, que primeiro furaram as rodas da sua motocicleta e depois, enquanto fingiam ajudá-la a consertá-la, levaram-na à força para uma habitação onde sofreu uma violação em grupo e, em seguida, foi asfixiada, tendo posteriormente o seu corpo sido regado com gasolina e queimado.
O deputado Revanth Reddy, representante oposicionista do Partido do Congresso no estado de Telangana, da qual Hyderabad é a capital, foi um dos participantes hoje na manifestação de Nova Deli e publicou na sua conta no Twitter que é preciso "enforcar os culpados o mais rápido possível".
O debate no hemiciclo do parlamento indiano também foi tenso, com pedidos contínuos de ação rápida contra os culpados, o mais exemplares possível, para impedir que atos como esse acontecessem novamente.
"Esse tipo de pessoa (violador) precisa ser apresentado em público e linchado", disse a parlamentar e atriz Jaya Bachchan, do partido Samajwadi, mulher do ator de Bollywood Amitabh Bachchan.
As leis contra agressões sexuais endureceram na Índia depois de uma jovem estudante universitária ter morrido após ser violada e torturada por seis homens num autocarro, em Nova Deli, em 2012.
Entretanto, este endurecimento da lei não evitou que outros casos continuem a acontecer no país.