A Autoeuropa terá este ano menos 19% de encomendas do que no ano passado. A subsidiária portuguesa da Volkswagen é o segundo maior exportador nacional a seguir à Galp e vale quase 4% das vendas nacionais para o exterior.
Serão menos cerca de 20 mil carros a sair este ano de Palmela. Esta grande quebra na procura levou a que a administração, em colaboração com a comissão de trabalhadores, encontrasse um novo modelo de gestão para os últimos quatro meses do ano. No ano passado, a Autoeuropa fez sair de Palmela 102.250 unidades.
“O volume de encomendas previsto desde o início do ano representa uma redução de 19% face ao ano anterior, concentrada no segundo semestre”, escreve a empresa em comunicado.
O primeiro-ministro, António Costa, justificou a quebra das exportações no primeiro trimestre deste ano em relação ao período homólogo do ano passado com a redução das vendas para o exterior da Autoeuropa e da Galp.
A administração e os trabalhadores acordaram a redução do volume diário de trabalho e a respectiva reorganização da produção num único turno a partir de Setembro, sem dias de paragem colectiva adicionais.
A Autoeuropa continua a garantir que esta solução “permitirá a manutenção do emprego e do rendimento dos colaboradores, sem colocar em causa a produtividade da unidade de Palmela”.
Até ao momento, a Volkswagen Autoeuropa já efectuou 20 dias de
paragem colectiva (“down days”), estando previstos mais dois dias de paragem no
actual
modelo de produção em dois turnos.
A Volkswagen Autoeuropa encontra-se ainda em contacto com os fornecedores, procurando minimizar o impacto desta alteração no seu funcionamento.
A unidade de Palmela sublinha que este período é uma transição para o crescimento a partir do segundo semestre de 2017, altura em que arranca o novo modelo que relançará a fábrica portuguesa da Volkswagen. O início da produção das primeiras unidades de pré-série irá coincidir com a passagem a um turno.