O ataque ao jornal satírico francês "Charlie Hebdo" é "o anúncio do progresso de uma actividade que ataca todos, não atacou apenas a França", defende Adriano Moreira, professor catedrático e especialista em Relações Internacionais.
"Entre a queda das Torres Gémeas [em Nova Iorque] e o que agora aconteceu, o horror da violência ameaça não ter medida daqui para o futuro e, portanto, essa solidariedade nossa, respeitando os nossos valores, é absolutamente necessária", diz à Renascença o pensador, ex-ministro do Ultramar.
Adriano Moreira considera que estes acontecimentos e o sentimento de insegurança potenciam os movimentos antieuropeus.
Na quarta-feira, homens armados com kalashnikovs irromperam pela redacção do "Charlie Hebdo" e abriram fogo, matando dez jornalistas e cartoonistas e dois agentes da polícia, ferindo ainda 11 pessoas, quatro das quais com gravidade.
O ataque está a gerar uma onda de solidariedade internacional, com manifestações a multiplicarem-se de Moscovo a Washington, com líderes mundiais e jornalistas unidos na repulsa pelo atentado.
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