A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) baixou para 5,7% em abril, menos 1,7 pontos percentuais que em março, segundo a estimativa rápida avançada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o INE, “tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 5,7% em abril de 2023, taxa inferior em 1,7 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”.
A confirmar-se, será a sexta vez consecutiva que a inflação baixa (desde outubro do ano passado que está em queda), chegando à sua percentagem mais baixa desde março de 2022.
Quanto ao indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 6,6% em abril (7,0% no mês anterior).
O INE acrescenta que a taxa de variação média nos últimos 12 meses foi de e 8,6% (8,7% no mês anterior).
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português terá registado uma variação homóloga de 6,9% no mês em análise, contra 8,0% em março.
O INE regista que os dados definitivos referentes ao IPC do mês de abril de 2023 serão publicados no próximo dia 11 de maio.
Governo saúda crescimento "acima de todas as expectativas"
Em reação aos números hoje apresentados, o PS destacou que a economia portuguesa registou no primeiro trimestre do ano um crescimento económico acima de todas as expectativas, ao mesmo tempo que se assiste a uma redução da inflação e da dívida.
De acordo com a estimativa rápida agora divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,5% no primeiro trimestre face ao mesmo período do ano passado e 1,6% em cadeia.
Numa declaração aos jornalistas, no parlamento, a vice-presidente da bancada socialista Jamila Madeira defendeu que os resultados económicos e financeiros alcançados “demonstram aquilo que o PS tem feito na sua governação”.
“No primeiro trimestre de 2023, o PIB teve o maior crescimento em cadeia e o terceiro maior em termos homólogos de todos os países cujos resultados foram hoje conhecidos. O crescimento foi maior em termos de expectativas e em termos de média da zona euro”, sustentou a dirigente do PS.
Na perspetiva de Jamila Madeira, para estes resultados de Portugal, contribuíram entre outros fatores as exportações, com um crescimento de 13,13%.
“Também importa assinalar um recuo da inflação para 5,7%. Uma queda 1,7 pontos percentuais, algo muito relevante, sobretudo, porque esta inflação foi calculada ainda antes de termos o impacto das novas medidas que entraram em vigor no passado dia 18”, indicou.
Jamila Madeira disse ainda que estes resultados são alcançados “depois de em 2022 se ter verificado um crescimento acima do PIB potencial do país em 1,5%, o segundo maior do século, de se ter registado uma convergência com a União Europeia e de se manter uma trajetória decrescente ao nível do rácio da dívida pública”.
“Ou seja, estamos perante sinais que o PS sublinha. Sinais que estão em linha com o aumento da confiança das famílias e das empresas, com a melhoria das expectativas sobre a evolução da situação financeira e com as medidas que esta semana o Governo apresentou no quadro dos cenários do Programa de Estabilidade 2023-2027”, acrescentou.
[atualizado às 14h15]