O Papa Francisco enviou uma mensagem de solidariedade à Índia, atingida por uma grave crise sanitária provocada pela Covid-19, elogiando todos os envolvidos no combate à pandemia.
“O meu pensamento dirige-se sobretudo aos doentes e suas famílias, àqueles que deles cuidam e, em particular, àqueles que choram a perda dos seus entes queridos”, afirma Francisco.
No texto, dirigido ao cardeal Oswald Gracias, arcebispo de Bombaim e presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Índia, o Papa dá conta que pensa também “nos muitos médicos, enfermeiras, funcionários de hospitais, motoristas de ambulâncias e todos aqueles que trabalham incansavelmente para atender às necessidades imediatas de seus irmãos e irmãs”, invocando sobre todos os dons da “perseverança, força e paz”.
O Papa transmite, depois, a sua “solidariedade sincera e proximidade espiritual para todo o povo indiano” e assegura a sua oração, na certeza de que “Deus concederá cura e consolo a todos os afetados por esta grave pandemia”.
A mensagem de Francisco é dirigida, em particular, à minoria católica na Índia, “com gratidão, pelas obras de caridade e solidariedade fraterna realizadas ao serviço de todos”.
“Penso sobretudo na generosidade de tantos jovens empenhados. Uno-me a vós para recomendar à infinita misericórdia do Senhor os fiéis que perderam a vida, principalmente o grande número de sacerdotes e religiosos”, escreve o Papa.
Francisco conclui a mensagem, fazendo votos de que “nestes dias de imensa dor, todos possamos ser consolados na esperança nascida da Páscoa e na nossa fé inabalável, na promessa de ressurreição e nova vida de Cristo” e a todos envia a sua bênção apostólica.
O atual surto de Covid-19 na Índia, está a traduzir-se num elevado número de contágios e num expressivo número de vítimas mortais. Os dados mais recentes dão conta de 3.980 mortos e 421.262 casos em 24 horas.
Segundo o Ministério da Saúde indiano, desde o início da pandemia, o país contabilizou 230.168 óbitos e 21,1 milhões de casos.
O novo máximo de mortes surgiu depois de vários dias com descidas do número de casos, que começou a subir novamente na terça-feira.
Com 1,3 mil milhões de habitantes, a Índia atravessa uma segunda onda da doença, que sobrecarregou o sistema de saúde, com escassez de oxigénio e de camas.