Disparou o número de professores sem profissionalização contratados pelas escolas. Fonte do Ministério da Educação disse à Renascença que dos 20.113 docentes contratados, 15,8% só têm habilitação própria, ou seja, são 3.178, quase o triplo face aos cerca de 1.260 colocados no início deste ano letivo.
Segundo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), o número de docentes sem profissionalização é o mais alto dos últimos 30 anos.
Estes professores, considerados menos qualificados do que os colegas de carreira, estão colocados em todos os grupos disciplinares, com maior incidência em Informática, Geografia e Matemática.
Lisboa e Vale do Tejo (QZP7) é a zona do país com mais professores nesta situação, já que esta é uma forma das escolas tentarem ultrapassar a falta de docentes profissionalizados.
Segundo o contador da Fenprof, nesta altura há 44 mil alunos a quem falta pelo menos um professor. O número é calculado a partir dos pedidos feitos pelas escolas.
O Governo aprovou legislação com mudanças nos requisitos mínimos para a docência, facilitando a entrada de profissionais no ensino para suprir a falta de professores.
Nesta altura, segundo o ministro da Educação, há 1.300 alunos em formação na totalidade dos mestrados em ensino, um número insuficiente para fazer face às aposentações. Só nos dois primeiros dois meses deste ano aposentam-se 749 professores e educadores.