O Estado português vai denunciar o contrato com a Everjets, a empresa a quem entregou a operação e manutenção de três helicópteros Kamov usados no combate às chamas.
De acordo com o Diário de Notícias, as aeronaves estão paradas desde janeiro deste ano, tendo a empresa já sido multada em cinco milhões de euros por incumprimento do contrato.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, vai por isso abrir um procedimento por ajuste direto para a contratação do mesmo número de helicópteros. Um procedimento que será feito, diz o Diário de Notícias, através de consulta pública, sem passar pelas tramitações de concurso público internacional – algo que iria atrasar a reposição das três aeronaves.
Em abril, numa interpelação ao Governo pelo CDS sobre a “preparação da próxima época de incêndios”, o ministro da Administração Interna fez saber que a empresa Everjets tinha sido notificaa para o pagamento de uma coima pelo atraso na manutenção. "A empresa responsável pela manutenção dos Kamov está neste momento notificada para pagamento de penalidades por incumprimentos em 2017 e 2018 que ascendem a perto de quatro milhões de euros. É essa a dimensão do incumprimento contratual que tem sido reiteradamente assumido", disse o ministro.
Já em março, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) encerrou as instalações onde os helicópteros estavam a ser reparados, em Ponte de Sor, por ter sido detetada a “movimentação de material sem autorização” por uma outra empresa, Heliavionics, subcontratada pela Everjets.