A adolescente iraniana que tinha sido detida pela polícia da moralidade no início de outubro, em Teerão, durante uma viagem de metro, alegadamente por não usar o véu islâmico corretamente, morreu este sábado.
As autoridades dizem que Armita Garawand, de 16 anos, caiu e bateu com a cabeça, acabando por desmaiar.
Organizações Não Governamentais (ONG) falam numa morte em "circunstâncias controversas", invocando a morte de Mahsa Amini, que há um ano desencadeou um enorme movimento de protesto pelos direitos da mulher no Irão que, na semana passada, foi distinguido com o Prémio Sakharov de Direitos Humanos do Parlamento Europeu.
Há cinco dias tinha sido noticiado que a jovem estava em "morte cerebral". O seu caso foi inicialmente reportado a 3 de outubro pelo grupo de direitos humanos Hengaw, que na altura adiantou que a jovem se encontrava ferida com gravidade na sequência do incidente.
Esta manhã, a agência de notícias iraniana Tasnim citou médicos a dizer que Garawand "sofreu uma queda que resultou em danos cerebrais seguidos de contínuas convulsões, um declínio do oxigénio que chega ao cérebro e um edema cerebral na sequência de uma súbita queda na pressão arterial".