“Capacidade de luta" e “animal político”, os ex-presidentes sobre Soares
07-01-2017 - 17:52

Mário Soares morreu este sábado aos 92 anos.

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O antigo Presidente da República Mário Soares morreu este sábado aos 92 anos, depois de 26 dias internado no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.


“O amor por Portugal”

Jorge Sampaio destaca a "resiliência" do antigo chefe de Estado, dizendo que o momento é de "profundo pesar" para Portugal e para a Europa.

Recordando a "extraordinária capacidade de luta" de Soares ao longo da sua vida, Sampaio elogiou o fundador do PS por ter estado sempre na "primeira linha" da defesa do país.

"Foi preso, exilado, nunca perdeu o seu amor por Portugal. Sempre acreditou naquilo que era o interesse de Portugal e no que era estrategicamente vital para a democracia portuguesa", assinalou aos jornalistas, em Lisboa.


“O animal político”

Cavaco Silva lembrou Mário Soares como uma das personalidades mais marcantes do século XX português, sublinhando a sua faceta de "verdadeiro animal político".

"A morte do doutor Mário Soares é um momento de profunda consternação para a generalidade dos portugueses. Foi indiscutivelmente uma das personalidades mais marcantes do século XX português", afirmou Cavaco Silva, numa declaração aos jornalistas no Convento do Sacramento, o gabinete de trabalho que ocupa desde que deixou a Presidência da República, em Março de 2016.

Apesar de reconhecer que em alguns momentos da vida política foi um adversário de Mário Soares, Cavaco destacou as suas capacidades de "verdadeiro animal político".

"Tem direito ao reconhecimento da pátria"

Ramalho Eanes recordou este domingo a forma como Mário Soares lutou em prol da liberdade e democracia, considerando que o antigo Chefe de Estado irá ocupar um lugar de grande relevância na história de Portugal.

"Pela acção de combate político determinado que desenvolveu em prol das liberdades e da democracia, primeiro, e depois da consolidação de uma democracia moderna, constitucional, pluralista, Mário Soares tem direito ao reconhecimento da pátria e tem obviamente o direito a ocupar um lugar de grande relevância na história no nosso país", afirmou Ramalho Eanes, numa declaração aos jornalistas.