O défice das administrações públicas de 2020 foi revisto em alta em uma décima, para 5,8% do PIB, de acordo com a segunda notificação do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) publicada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Já a previsão do défice para 2021 do Ministério das Finanças manteve-se em 4,5% do PIB.
"De acordo com os resultados provisórios obtidos neste exercício, em 2020 o saldo das Administrações Públicas (AP) atingiu -11 684,2 milhões de euros, o que correspondeu a -5,8% do PIB (saldo positivo de 0,1% em 2019)", avança o INE.
A recessão económica também foi pior do que o inicialmente estimado. em 2020, a economia portuguesa caiu 8,4 e não 7,6%, como tinha sido estimado em agosto.
Crescimento de 2021 revisto em alta
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu esta quinta-feira os dados do crescimento do PIB do 2.º trimestre, indicando uma revisão em alta em termos homólogos, para 16,2%, e em baixa face ao trimestre anterior, para 4,5%.
Nas contas nacionais trimestrais por setor industrial, o INE destaca "a revisão em alta (+0,7 p.p.) da variação homóloga em volume do PIB no 2.º trimestre de 2021, para +16,2%, e uma revisão em baixa (-0,4 p.p.) da variação em cadeia, para 4,5%".
A revisão incorpora os resultados finais de 2019 e, sobretudo, os resultados provisórios de 2020 das contas nacionais anuais, que determinaram "revisões significativas" na estimação das contas nacionais trimestrais, explica o instituto.