O ministro da Defesa de Israel afirmou este domingo que a retirada das tropas israelitas do sul da Faixa de Gaza serviu para se preparem para "as próximas missões", incluindo a tomada de Rafah.
"A retirada das tropas de Khan Yunis aconteceu, porque o Hamas deixou de existir como unidade militar na cidade. As nossas forças militares abandonaram a área para se prepararem para futuras missões, incluindo uma missão em Rafah", disse Yoav Gallant, durante um balanço de operações com o comando israelita no sul da Faixa de Gaza.
O exército israelita retirou todas as suas tropas terrestres do sul da Faixa de Gaza, mantendo apenas uma brigada no enclave, confirmou uma fonte militar.
Esta retirada acontece após quatro meses de combate em Khan Yunis e quando passam seis meses do início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.
Passado meio ano após o início do conflito, as atenções estão agora centradas em Rafah, na zona fronteiriça com o Egito e onde estão mais de 1,4 milhões de pessoas.
Organizações humanitárias e os Estados Unidos consideram que uma invasão de Rafah por parte de Israel é ultrapassar "uma linha vermelha" que poderá provocar uma catástrofe, pela concentração de milhares de deslocados civis.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023.
Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.
A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que já está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
O número oficial de mortos na Faixa de Gaza alcançou hoje os 33.175, afirmou em comunicado o Ministério da Saúde do governo de Gaza, controlado pelo grupo islamita radical Hamas.