Marcelo considera que será justo uma revisão do “rating” até Setembro
30-05-2017 - 16:35

O Presidente junta-se a Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos, que considera que Portugal merece ser reavaliado.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta terça-feira que seria justo que as agências de “rating” revissem até Setembro a avaliação de Portugal, sublinhando que isso “vai reforçar a confiança dos investidores na economia”.

“Vamos ver se isso ocorre a partir de Setembro. Se a evolução continuar a ser aquela que tem sido – estamos agora no princípio de Junho –, até Setembro parece justo, parece justo haver aquilo que vai reforçar a confiança dos investidores na economia”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas depois de visitar o Centro de Desenvolvimento da Criança Torrado da Silva, no Hospital Garcia de Orta, em Almada.

Esta terça-feira de manhã Pierre Moscovici, o comissário europeu dos Assuntos Económicos considerou que o desempenho económico de Portugal, que já resultou na saída do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), merece também uma avaliação mais positiva por parte das agências de notação financeira.

O comissário reforçou que a saída de Portugal do PDE, decidida na semana passada pelo executivo comunitário, “recompensa os esforços importantes feitos por Portugal”, e observou que, embora não tenham alterado a nota à dívida de longo prazo do país (que permanece em “não investimento”, ou “lixo”), as agências de “rating” constataram “uma orientação positiva”.

Posteriormente, também o primeiro-ministro, António Costa defendeu que faz “pouco sentido” que as agências de “rating” mantenham a notação de Portugal “como se nada tivesse acontecido desde 2011” na situação económica e financeira do país.

Confrontado com estas declarações, o chefe de Estado sublinhou que já na segunda-feira, nas Conferências do Estoril, ouviu defender essa possibilidade.

“Ainda ontem [segunda-feira] estive nas conferências do Estoril, estavam lá responsáveis financeiros europeus e todos eles elogiavam a evolução económica portuguesa. E vários deles diziam – para não dizer todos – que esperavam que isso viesse a ser reconhecido pelas agências de ‘rating’, em particular por aquelas que tem a notação maios baixa”, acrescentou.