​Governo recusa aumentos fiscais. “São propostas da OCDE, não temos de as seguir”
18-02-2019 - 12:49

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico considera que há margem para carregar nos impostos em várias áreas. Ministro da Economia rejeita sugestão.

O Governo não pretende seguir as recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre aumento de impostos em várias áreas. A garantia parte do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

“É verdade que a OCDE entende que se pode subir as receitas do IVA e que se podem subir as receitas dos impostos sobre os combustíveis, que se pode aumentar a tributação sobre a propriedade imobiliária. Notei, aliás, que fazem um elogio curioso ao chamado imposto Mortágua”, disse o ministro, acrescentando de seguida que “são propostas que a OCDE” que “o Governo não tem necessariamente que seguir”.

Siza Vieira falava no Ministério da Economia, no final da conferência de imprensa de apresentação do relatório da OCDE.

Ainda assim, o governante afirmou que o Governo se reconhece em muitos dos problemas e sugestões apresentadas pela organização.

Na apresentação deste documento, o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, disse que a economia portuguesa está “na direção certa”, mas ainda há muito a fazer para promover um crescimento mais sustentável.