Com as Lojas do Cidadão e Conservatórias fechadas durante o estado de emergência, o Governo facilitou os primeiros pedidos ou renovação do Cartão de Cidadão por meios digitais ou mensagem. Segundo a Federação de Sindicatos da Administração Pública, cerca de 40 mil pessoas recorreram a esses meios alternativos.
O problema é agora porque, para fazer o levantamento, é preciso fazer marcação.
Segundo o coordenador da FESAP, José Abraão, há conservatórias e Lojas do Cidadão, sobretudo em Lisboa e Porto, a receber diariamente cerca de 800 cartões para entregar aos respetivos titulares. Com tal pressão não conseguem fazer esse serviço em prazos razoáveis, considera. José Abraão alerta que há pessoas que vão esperar vários meses, “até muito próximo do fim do ano” para receber o seu documento de identificação.
Por isso, a organização sindical já pediu uma audiência à ministra da Justiça para discutir soluções para este “entupimento”.
O recrutamento de mais funcionários, a abertura de lojas “dedicadas” para a entrega desta avalanche de cartões, nem que seja temporariamente. Ou ainda que, por vontade do cidadão, o respetivo cartão possa ser enviado pelos CTT para a sua morada fiscal. São algumas das propostas que a FESAP tem preparadas para entregar a Francisca Van Dunen.