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Se fosse deputado, o social-democrata Paulo Rangel votaria a favor do referendo à eutanásia em Portugal. O eurodeputado considera mesmo que o seu partido devia ter dado indicação de voto aos deputados nesse sentido.
"O PSD deveria votar a favor, porque é muito importante fazer um debate na sociedade portuguesa que nunca foi feito com a profundidade que esta matéria exige. E o referendo seria uma forma não só de auscultar todos os portugueses, mas também de propiciar um debate mais esclarecido", afirma Paulo Rangel no programa Casa Comum da Renascença.
O antigo líder parlamentar social-democrata distingue este voto da decisão final de cada um em relação à eutanásia em si.
"Isto não tem a ver com a questão da eutanásia propriamente dita, onde haverá liberdade total para cada um ter a sua posição, como é tradição do PSD desde sempre, ou seja, desde 1976", complementa o eurodeputado do PSD.
A direção de Rui Rio concedeu liberdade de voto aos deputados na votação de sexta-feira sobre um referendo sobre a eutanásia. Recorde-se que no último congresso foi aprovada uma moção a favor de um referendo nacional sobre os projectos de diploma sobre a eutanásia que então estavam no Parlamento.
Carneiro contra tudo
Já o secretário-geral adjunto do PS é contra a eutanásia e a realização de um referendo. José Luís Carneiro, que é também deputado socialista, explicou na Renascença como vai votar na sexta-feira em plenário.
" Em função de esta ser uma das matérias 'de consciência', votei contra a eutanásia quando foi apreciada no Parlamento. E pela mesma razão votarei contra o referendo, por entender que princípios desta natureza não se referendam", afirma o número 2 do aparelho do partido, no programa Casa Comum da Renascença.