O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, anunciou que a diocese vai apoiar seminaristas com os donativos recolhidos com a chamada “renúncia quaresmal”.
A decisão, explica o responsável na mensagem para a Quaresma 2020, responde a pedidos de algumas dioceses africanas, “que têm muitos seminaristas maiores e dificuldade em os sustentar”, nomeadamente a de Sumbe, em Moçambique, onde a Liga dos Servos de Jesus tem a Missão D. João de Oliveira Matos.
O montante recolhido vai ainda ajudar na requalificação do Seminário da Guarda, para que possa cumprir os serviços de acolhimento dos seminaristas e pré-seminaristas, casa sacerdotal, logística dos movimentos serviços e obras de apostolado diocesanos, casa de retiros e casa sacerdotal.
“A esmola e a partilha são também expressões muito importantes do nosso compromisso de renovação na caminhada da Quaresma”, indica D. Manuel Felício.
A mensagem tem como título “Quaresma, tempo forte de reconciliação”, destacando que a “reconciliação com Deus coincide com a reconciliação de cada um consigo mesmo e com os outros”.
A Quaresma é percurso de cada um de nós, com ajuda da comunidade, rumo à tomada de consciência de que Deus nos habita no mais fundo de nós mesmos e o que precisamos é de avivar essa consciência e fazer dela a grande força que transforma a nossa vida e a vida da própria sociedade”.
D. Manuel Felício indica que a preparação para a Páscoa “propõe uma pedagogia centrada na oração mais intensa, no jejum e na abstinência, a que se liga a esmola e no encontro mais frequente com a Palavra de Deus”.
“Os tempos de silêncio e de alguma paragem, na rotina do dia-a-dia, fazem parte também dessa pedagogia”, acrescenta.
O responsável católico convida ainda à valorização da Confissão, para identificar e superar “fragilidades e pecados”.
“Que Maria santíssima nos ajude a viver, com renovada esperança, este tempo forte da Quaresma, uma grande oportunidade que Deus nos dá e nós desejamos aproveitar da melhor maneira”, conclui.