A Ferrari oficializou a surpreendente contratação de Lewis Hamilton, que se juntará apenas na temporada 2025. Carlos Sainz vai deixar a equipa no fim da época.
Num breve comunicado, a equipa italiana anuncia que o britânico junta-se à equipa num contrato válido por várias épocas.
O piloto britânico, de 39 anos, sete vezes campeão do mundo, terminará, assim, uma ligação de 18 anos (a contar com 2024) à Mercedes, que o acompanha desde a primeira época na F1 - seis anos (2007 a 2012) na McLaren Mercedes e oito (2013 a 2024) na Mercedes.
"Estou muito orgulhoso de tudo o que conseguimos juntos. A Mercedes é parte da minha vida desde que tenho 13 anos. Cresci aqui e, por isso, tomar a decisão de sair foi uma das mais difíceis da minha vida. Mas é a altura de dar este passo e estou entusiasmado por um novo desafio", disse Hamilton, citado no site oficial da Mercedes.
O britânico, que ainda fará toda a época de 2024 na Mercedes, ativou uma cláusula no seu contrato para rescindir a ligação um ano antes do seu fim. "Espero acabar bem esta ligação. Estou muito comprometido em conseguir a melhor prestação esta época e tornar memorável o último ano".
Toto Wolff, diretor da Mercedes, destaca que a ligação com Hamilton "foi a mais bem sucedida que o desporto alguma vez viu".
"Será, para sempre, uma parte importante da história da Mercedes. Mas sabemos que as parcerias chegam naturalmente ao seu fim. E esse dia chegou. Aceitamos a decisão do Lewis partir para um novo desafio e as nossas oportunidades para o futuro também são entusiasmantes. Mas ainda falta uma época e, por isso, queremos estar fortes em 2024", explica.
Carlos Sainz será o piloto "sacrificado" e deixará a Ferrari no fim da época. Num breve comunicado, o espanhol anuncia a saída no fim da temporada que está prestes a arrancar e garante que "vai dar o máximo pela equipa durante esta temporada" e promete "notícias sobre o futuro em breve"
Hamilton assinou, em 2023, um contrato de dois anos, que terminaria no final de 2025. É uma mudança que abala o mundo da Fórmula 1, mas que se justifica, por exemplo, pelo insucesso recente da Mercedes, em geral, e do próprio Hamilton, em particular.
A escuderia não vence uma corrida desde 2022 e o piloto desde 2021. Foram as duas últimas vitórias da Mercedes numa competição atualmente dominada pela Red Bull e por Max Verstappen.
Verstappen é tricampeão mundial e dominou a competição na época passada de forma nunca antes vista. Em 2023, o neerlandês conquistou 19 dos 22 Grandes Prémios do calendário; a construtora austríaca venceu 21 (dois para Sérgio Pérez). Carlos Sainz, da Ferrari, foi o intruso, em Singapura.
Além dos sete Mundiais de F1, um máximo histórico partilhado com Michael Schumacher, Hamilton é recordista de vitórias (103), de "pole positions" (104), de pódios (197) e de pontos (4639.5), entre outros.
A temporada 2024 arranca já no final de fevereiro, no Grande Prémio do Bahrain.