O líder do PSD, Rui Rio, considerou esta segunda-feira que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, vai ter "uma tarefa difícil" pela frente pelos menos "nos primeiros tempos" de mandato, dado não ter maioria.
Falando aos jornalistas no final da cerimónia de tomada de posse do novo executivo municipal, liderado pelo social-democrata Carlos Moedas, Rui Rio foi questionado se o novo presidente da Câmara tem a vida dificultada por não ter maioria.
"Ai tem, tem", respondeu, referindo que teve essa experiência num dos mandatos em que esteve à frente à Câmara Municipal do Porto e na altura teve de fazer "acordos pontuais".
Já quando teve maioria absoluta, foi "muito diferente".
Por isso, o presidente do PSD considerou que Carlos Moedas "tem pela frente uma tarefa difícil, agora, nos primeiros tempos, por causa disso, e porque ainda não conhece a instituição como há de conhecer passado dois ou três anos".
O líder social-democrata referiu ter tido "uma conversa grande" com o novo presidente do executivo da capital, a quem deu "alguns conselhos".
"Não para gerir Lisboa, isso sabe ele e eu não sei, mas para gerir uma instituição grande onde acaba de chegar e que esteve na mão de um outro partido durante muitos anos", indicou, considerando que essa tarefa "é particularmente difícil".
Quanto aos partidos com quem poderão ser feitos esses acordos, Rio recusou-se comentar, salientando que "isso é totalmente com o engenheiro Carlos Moedas".
"Não me meto em nada, nem nesta Câmara, nem em nenhuma outra", acrescentou.
Questionado se cumprimentou Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, Rio disse não o ter visto na cerimónia que decorreu na Praça do Município.
"Se estiver, cumprimento-o. Porque é que não havia de cumprimentar? Olhe para mim, acha que eu sou malcriado?", disse, entre risos.
Rui Rio recusou depois comentar os argumentos apresentados por Rangel para se candidatar.
"Há de ter oportunidade de me perguntar, se calhar, isso quando eu clarificar essa situação", respondeu apenas.