O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta segunda-feira que aceitou um convite do seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, para fazer uma visita ao Egipto, ainda sem data marcada.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio de Belém, em Lisboa, no final de uma reunião com o Presidente do Egipto, que começou esta segunda-feira uma visita de Estado de dois dias a Portugal.
"Agradeço o convite de sua Excelência para visitar o Egipto, que já tive oportunidade de aceitar. Fixaremos oportunamente o momento adequado para concretizar esse passo", declarou o chefe de Estado português.
Com al-Sisi ao seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: "É mais um passo no sentido do reforço da amizade entre dois povos, duas nações e também dois Estados".
No início da sua intervenção, o Presidente da República manifestou alegria por Portugal voltar a receber um Presidente egípcio "um quarto de século mais tarde", referindo que "a última visita tinha sido há 24 anos".
É um sinal de alegria para Portugal, porque significa uma reaproximação positiva para os dois países", considerou.
Direitos humanos marcaram reunião
No final da reunião, Marcelo disse ter falado “abertamente” com o Presidente egípcio sobre o desafio de alcançar equilíbrio financeiro e desenvolvimento económico e ao mesmo tempo assegurar justiça social e direitos humanos.
"Queria sublinhar que, nas trocas de impressões que tivemos, tratámos abertamente da questão do desafio que se coloca hoje a todas as sociedades em termos de equilíbrio financeiro, de desenvolvimento económico, de justiça social e de direitos humanos", declarou o Presidente da República, considerando que "é um desafio difícil".
Com Abdel Fattah al-Sisi ao seu lado, Marcelo acrescentou que "Portugal acompanha atentamente os passos dados em termos de afirmação da vida parlamentar e do respeito da liberdade religiosa numa sociedade multicultural e multi-religiosa como é o Egipto".
"Tal como acompanha um percurso no sentido da afirmação dos direitos humanos, neles englobando quer os direitos pessoais, quer os políticos, quer os sociais", completou.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o Egipto tem "uma posição fundamental" em termos geoestratégicos: "Quer relativamente à bacia mediterrânica, em que temos preocupações comuns, como é o caso das migrações e dos refugiados, mas também no que respeita à preocupação de manter abertas portas para um processo de paz no Próximo e no Médio Oriente".