Pelo menos 60 pessoas morreram esta quinta-feira num ataque de drone a uma academia militar na Síria. De acordo com uma organização que vigia o conflito no país, 120 pessoas ficaram feridas.
O ataque, levado a cabo com drones, ocorreu alguns minutos após o ministro da Defesa sírio ter abandonado o local, na província de Homs, onde decorreu uma cerimónia de graduação. De acordo com o governo da Síria, as vítimas são civis e militares e o ataque é culpa de "grupos terroristas".
Apesar disso, o Ministério da Defesa da Síria não especificou nenhuma organização, e nenhum grupo reclamou a autoria do ataque.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, nove civis estão entre os mortos, "incluindo uma mulher e uma filha de um familiar dos militares". Os feridos foram levados para quatro hospitais diferentes, incluindo os hospital militar em Homs.
"Depois da cerimónia, as pessoas desceram para o pátio e os explosivos atingiram-nos. Não sabemos de onde vieram, e os cadáveres encheram o chão", disse à Reuters um homem sírio que tinha ajudado a montar as decorações na academia militar.
A guerra civil na Síria começou aquando da Primavera Árabe. Contudo, em 2011, os protestos contra o Presidente Bashar Al-Assad, contra os quais o governo sírio retaliou, transformaram-se num conflito armado intenso que matou dezenas de milhar de pessoas, e tornou milhões em refugiados.
O exército da Síria foi desfeito pelos combates, e necessitou do apoio militar da Rússia e do Irão - assim como de outros grupos - para recuperar terreno. A luta contra os rebeldes sírios foi ainda ajudada pela intrusão do Daesh, que se autoproclamou como Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS) e foi combatido por uma aliança que envolveu os Estados Unidos da América, Austrália, Canadá, Jordânia, França, Bélgica, Países Baixos, Arábia Saudita e Turquia.