O português Mário David recusa acusações de anti-patriotismo por apoiar a candidatura de Kristalina Georgieva para as Nações Unidas, mesmo sabendo que António Guterres também é candidato.
O ex-eurodeputado do PSD explicou na SIC Notícias que há muitos anos que é amigo da vice-presidente da Comissão Europeia e que aceitou colaborar nesta candidatura da búlgara a secretária-geral da ONU numa altura em que ainda se falava de António Guterres para a corrida à Presidência da República.
“Quando, há cerca de dois anos, ela [Georgieva] começou a pensar nesta hipótese de ser candidata às Nações Unidas pediu-me para ser um dos seus colaboradores fruto de uma relação de amizade que tínhamos desenvolvido. Não foi algo que ocorreu agora, foi algo que ocorreu muito antes de um compatriota nosso a ser candidato – na altura esperava que fosse candidato a outras funções [presidência da República]. Agora, tenho um defeito: não deixo cair um amigo e, portanto, estando a trabalhar com ela não vi razão nenhuma para ter deixado de trabalhar”, disse.
Para Mário David esta candidatura da búlgara Kristalina Georgieva é só mais uma entre outras, é válida e cumpre todos os requisitos, apesar de não ter participado nas votações informais.
“Em toda a imprensa internacional o que se diz é que há mais uma candidata que entrou na corrida, há mais uma candidata que cumpre todos os requisitos, há mais uma candidata a quem são reconhecidos os respectivos méritos”, acrescenta.
Na SIC Notícias, Mário David acrescentou que Kristalina Georgieva “é uma vítima” em todo este processo.
Respondendo às muitas críticas de que tem sido alvo, especialmente nas redes sociais, o antigo secretário de Estado de Durão Barroso diz que “não recebe lições de patriotismo de ninguém”.
De recordar que António Guterres venceu as cinco votações informais entre os 15 membros do conselho de segurança das Nações Unidas.