O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, notou um contraste de atitudes por parte da Presidência da República, que recebeu os campeões mundiais de futsal antes dos medalhados em Tóquio2020.
“O Presidente da República, quando fomos apresentar cumprimentos, manifestou o desejo de receber a Missão a seguir aos Jogos de Tóquio. Quando foi a apresentação de cumprimentos do Comité Paralímpico, manifestou o desejo de receber e condecorar os medalhados olímpicos. Isto ocorreu em agosto. Até à presente data, este assunto não teve qualquer evolução”, sublinhou, em declarações à agência Lusa.
À margem da apresentação do livro 'Alfredo Quintana – Um Guerreiro extraordinário', de Ana Filipa Gomes, Joana Moreira e Rui Guimarães, no auditório do COP, em Lisboa, José Manuel Constantino comparou com a receção, de segunda-feira, de Marcelo Rebelo de Sousa à seleção de futsal, que se sagrou campeã mundial no dia anterior.
“Chamei a atenção relativamente a um acontecimento que tinha ocorrido no fim de semana, e que era merecedor de destaque e distinção da parte da Presidência da República. Tinha havido uma atitude que contrasta com a que houve relativamente à missão olímpica, aos medalhados olímpicos e, sobretudo, em relação ao que o senhor Presidente da República tinha manifestado ser sua vontade”, expressou o dirigente.
José Manuel Constantino continua “a aguardar”, embora não saiba quando: “Não me passa pela cabeça que uma manifestação de desejo do senhor Presidente da República não seja cumprida. Quando é que vai ser cumprida? Confesso que não sei responder.”
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Portugal almejou a melhor participação de sempre, ao conquistar quatro medalhas: uma de ouro, do atleta Pedro Pichardo, no triplo salto, a mesma modalidade de Patrícia Mamona, medalha de prata, enquanto o judoca Jorge Fonseca e o canoísta Fernando Pimenta conseguiram alcançar a medalha de bronze