Na primeira metade do seu mandato, o presidente Trump deu claros sinais de não gostar da integração europeia, apoiada pelos seus antecessores desde o Plano Marshall. Por exemplo, Trump aplaude entusiasticamente o Brexit.
Mas começam a desenhar-se algumas “nuances”. O vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado (ministro dos Negócios Estrangeiros) Mike Pompeo têm andado pelos países da antiga órbita soviética, manifestando preocupação com a influência que Putin e, em menor grau, a China ali têm. Os EUA decidiram aumentar significativamente a sua presença militar na Polónia.
Daí não decorre maior aproximação de Trump à UE. Os EUA e a Polónia organizaram uma conferência internacional neste país sobre o Médio Oriente. O objetivo, embora não declarado, é claro: recrutar países europeus para apoiarem a decisão americana de abandonar o acordo nuclear com o Irão, assinado em 2015.
Por outro lado, através da rede europeia de rádios Euranet, na qual a Renascença participa, tivemos notícia de que, pelo menos em países como a Polónia e a Roménia, há partidos da oposição, mas de centro-direita, que se juntam para contrariarem o euroceticismo dos partidos de extrema-direita na campanha para o Parlamento Europeu.
Importa, aliás, lembrar que mesmo os políticos mais hostis à Europa comunitária, como o italiano Salvini, garantem a pés juntos que querem manter o seu país na UE e, no caso da Itália, no euro. A integração europeia não é tão impopular como às vezes se diz.
Este conteúdo é feito no âmbito da parceria Renascença/Euranet Plus – Rede Europeia de Rádios. Veja todos os conteúdos Renascença/Euranet Plus