Foram libertados mais dois reféns do Hamas. A notícia abre perspetivas quanto à libertação dos restantes civis detidos pelo grupo islâmico na Faixa de Gaza.
Que reféns foram libertados nas últimas horas?
A identidade e nacionalidade das pessoas em causa não foi inicialmente revelada, mas tudo indica tratar-se da libertação de duas cidadãs israelitas de 79 e 85 anos que foram raptadas, juntamente com os seus maridos, de Nir Oz, um colonato junto à fronteira de Gaza, a 7 de outubro. Os maridos permanecem em cativeiro pelo Hamas.
Este conflito está a ser dominado por informações que posteriormente se revelam falsas. Neste caso há garantia absoluta da libertação das duas reféns?
A confirmação da libertação e da identidade das reféns foi feita pelo gabinete do primeiro-ministro israelita já depois da notícia ter sido avançada por vários meios de comunicação internacionais e também confirmada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha.
Aliás, a Cruz Vermelha anunciou nas redes sociais que transportou dois reféns para fora da Faixa de Gaza na segunda-feira à noite.
Como é que foi possível libertar as duas reféns? Como foi o processo?
Tudo terá sido feito sob mediação das autoridades do Qatar. É o país que tem assumido esse papel.
Mas porquê o Qatar?
De acordo com vários analistas, o Qatar tem ligações ao Hamas e será um dos financiadores do grupo.
Aliás, o comando político do Hamas é sediado em Doha, no Qatar, há mais de uma década. O Qatar que, recorde-se, acolheu o mais recente mundial de futebol, é visto como um país que financia grupos considerados terroristas no Ocidente.
Quais são as probabilidades de libertar os restantes reféns num futuro próximo?
No imediato estará a ser negociada a libertação de mais de cerca de 50 reféns, de acordo com o canal de notícias israelita I24. Em causa estarão reféns com dupla nacionalidade.
Porquê só 50 reféns?
Porque o Hamas não pretende libertar a totalidade. A existência de reféns é um travão à ofensiva terrestre de Israel. Enquanto houver reféns, o exército de Israel poderá não avançar com uma campanha militar mais agressiva.