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O líder do PSD, Rui Rio, faltou e também não ouviu o Debate da Rádio, promovido esta quinta-feira pela Renascença, TSF e Antena 1. Ou, pelo menos, não na totalidade.
Mas o candidato a primeiro-ministro disse aos jornalistas, no final de uma ação de rua em Bragança, que reteve o momento em que António Costa recusou um entendimento com o PSD para uma revisão constitucional.
Para Rio, a resposta do seu adversário é um sinal de que Costa e o PS "não querem reformar nada".
O líder do PSD insiste que há "vários setores enquistados na sociedade" que necessitam de reformas, apenas possíveis com o acordo entre os dois principais partidos.
“Temos de ter coragem, o PS não quer? Se o PS não quer, que pelo menos dentro do PS haja quem queira, e provoque alguma turbulência e acabemos por ter um PS com uma atitude mais reformista”, disse.
“Sem essa atitude, não mudamos o país", rematou Rio.
Maioria absoluta sem abusos de poder?
Rui Rio apontou, por outro lado, o que disse ser o desnorte de António Costa quando pede uma maioria absoluta que, para o líder do PSD, é, aliás, um não assunto, dada a probabilidade "praticamente nula" desse cenário acontecer.
Questionado sobre a insistência do líder socialista em pedir uma maioria absoluta, garantindo que isso não constituirá um abuso de poder, porque o Presidente da República não o permitiria, Rio aponta uma "contradição".
"Está a dizer que Mário Soares falhou com Cavaco Silva e que Jorge Sampaio e Cavaco Silva falharam com José Sócrates (...) não está a medir bem o que está a dizer", criticou.
CDS na defesa? Rio admite essa possibilidade
A terminar, a questão da governabilidade e projetando um cenário de maioria de direita, caso o PSD vença as eleições.
Em resposta à entrega da pasta da defesa ao CDS, tal como reclama Francisco Rodrigues dos Santos, Rui Rio abre a porta a essa possibilidade.
"É uma questão de se ver, não seria a primeira", admitiu, insistindo, aliás, que os centristas serão os primeiros com quem irá falar, caso vença a 30 de janeiro.
Quanto ao diálogo com a Iniciativa Liberal? “É um partido novo e que pode vir a ter ou não uma representação parlamentar significativa”.
Quanto ao diálogo com a Iniciativa Liberal? "É um partido novo e que pode vir a ter ou não uma representação parlamentar significativa".