O novo sistema de transportes do Porto, a UNIR, entrou em funcionamento a 1 de dezembro, mas tem gerado constrangimentos na mobilidade diária dos utilizadores. E nem as máquinas de validação de bilhetes funcionam bem.
Com tempos de espera indefinidos, a UNIR está a provocar descontentamento entre habitantes que utilizam transportes públicos.
"Isto está um caos e as pessoas andam todas baralhadas”, conta à Renascença Maria José Couto, de 56 anos, utilizadora habitual destes transportes.
A causar confusão entre os utentes está, por exemplo, o facto de o destino da viagem ao passageiro ser indicado através apenas de papéis afixados nos vidros dos autocarros em vez de nos letreiros.
Ao dividir a Área Metropolitana do Porto em cinco zonas a partir de um novo sistema, os clientes denunciam ainda não perceber a nova numeração das linhas e das rotas em circulação.
Perante os comentários sobre esta mudança, Eduardo Vítor Rodrigues, presidente do Conselho Metropolitano do Porto e presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, reconhece os problemas relatados pela população e pede compreensão “neste processo duro e de dificuldades”, numa publicação na rede social Instagram.
Por agora, os passageiros dos autocarros UNIR viajam “à borla”, já que as máquinas de validação de bilhetes não estão a funcionar.
A UNIR garante interligar 17 municípios com “maior cobertura, com mais horários, novas linhas, otimização de trajetos para abranger locais que antes não tinham transporte público”, segundo a informação disponibilizada no site oficial.
Há promessas de novos equipamentos, horários com maior frequência e a devida afixação nas paragens, tal como está prevista, em breve, a possibilidade de consultar a localização dos autocarros em tempo real na internet.
Esta nova rede metropolitana funciona num regime exclusivo a par do sistema andante e abrange toda a Área Metropolitana do Porto, “com exceção do Porto (tirando no início e fim de linhas), onde os STCP detêm a exclusividade da operação dentro do município”.