“Fui apresentado com o título errado. Eu sou parceiro da Inovia Capital e eu era membro da direção do Twitter… até à última sexta-feira.” Foi assim que Patrick Pichette, um dos diretores da rede social demitidos por Elon Musk, começou a sua palestra na Web Summit sobre como os “gráficos estão a mudar o mundo”.
Na cimeira para falar sobre um dos seus investimentos num sistema de gestão de bancos de dados, o Neo4j, o empresário deixou ainda mais uma “bicada” ao Twitter e a Elon Musk, que o demitiu.
“Sou um ex-diretor financeiro da Google e agora sou um ex-membro da direção do Twitter. Sou famoso por ser um ex. Têm agora um novo amigo, que gastou 44 mil milhões por aqueles ativos. Mas desejo-lhe o melhor.”
À margem da conferência, a Renascença questionou Pichette acerca do despedimento de metade dos funcionários do Twitter e da subscrição de 8 dólares por mês pela certificação da conta. O empresário disse estar impedido de falar sobre o assunto durante as próximas duas semanas, devido a um acordo de não-divulgação com a empresa.
A saída de Pichette da direção do Twitter foi anunciada na segunda-feira, com a empresa a indicar que Musk era agora o “diretor único” e a demissão dos nove membros do conselho de direção da rede social, uma das primeiras decisões do multimilionário após ter finalizado o negócio da empresa por cerca de 44 mil milhões de euros.
Em reação nas redes sociais à demissão, Pichette “agradeceu” a Musk por “honrar a proposta de 54 dólares por ação" pelo Twitter, elogiando membros do conselho de direção da rede social.
O franco-canadiano chegou a ser o líder do conselho de direção entre 2020 e 2021, tendo sido substituído no ano passado por Bret Taylor. Desde então manteve o seu lugar, do qual fazia parte há cinco anos.
Antes de se ter juntado ao Twitter, Pichette foi diretor financeiro da Google entre 2008 e 2015, sendo agora parceiro da Inovia Capital, uma empresa de capital de risco canadiana.