Dos portugueses que foram para a Venezuela, mais de sete mil já regressaram a Portugal.
“Estimamos entre cinco e seis mil portugueses e lusodescendentes tenham regressado à Madeira e, no continente, estimamos cerca de 1.500 a 2000 nesta altura”, refere o secretário de Estado das Comunidades na Manhã da Renascença.
José Luís Carneiro acredita que, no que respeita ao processo de integração, em janeiro do próximo ano esteja concluído o processo de uniformização de equivalências em medicina.
“O esforço em relação às engenharias está hoje ultrapassado, em relação à medicina é necessário um conjunto procedimentos que devem ser respeitados, porque são também as leis que imperam no Estado português”, começa por explicar.
“Julgo que a partir de janeiro, por força de alterações que foram feitas no âmbito das escolas de medicina no país, termos uma nova legislação que permitirá uniformizar e tornar mais transparente e célere o processo das equivalências escolares”, adianta.
Convidado da Manhã na Renascença, o secretário de Estado falou também sobre o Brexit. Diz acreditar na possibilidade de um segundo referendo à saída do Reino Unido da União Europeia, mas nota que os portugueses que vivem no país devem estar atentos às mudanças.
“Os processos políticos são dinâmicos – aliás, as palavras do embaixador português em Londres são prova disso mesmo. Ele próprio, que acompanha com profundidade a vida política no Reino Unido, transmite a mensagem de que não é impossível” um novo referendo, afirma.
José Luís Carneiro deixa depois “informações úteis para os nossos portugueses: primeiro, devem ter a sua inscrição consular em dia; segundo, devem estar inscritos na segurança social britânica e devem não esquecer que, se ocorrer no dia 29 de março, no dia 30 de março começam as inscrições, junto dos serviços britânicos, para efeito do reconhecimento do estatuto de residente permanente”.