A viúva do opositor do regime russo Alexei Navalny, Yulia Navalnaya, apelou esta quarta-feira aos russos para contestarem a autoridade de Vladimir Putin a 17 de março, terceiro e último dia das eleições presidenciais no país.
As eleições presidenciais na Rússia são uma mera formalidade para reeleger Vladimir Putin, que está no poder há mais de duas décadas, já que não há mais adversários, estando todos os outros candidatos subjugados ao poder do Kremlin (presidência russa).
"Podem votar em qualquer candidato, exceto em Putin, podem fazer um voto nulo, pode escrever 'Navalny' em letras grandes", sugeriu a viúva de Navalny, cujo funeral se realizou na semana passada em Moscovo com a presença de vários milhares de pessoas.
Yulia Navalnaya, que prometeu continuar a luta do seu marido, tem apelado aos seus apoiantes para se juntarem a ela, garantindo que irá liderar a oposição a Putin.
"Vladimir Putin matou o meu marido, Alexei Navalny. Putin matou o pai dos meus filhos [e tentou] matar a nossa esperança, a nossa liberdade, o nosso futuro", acusou Navalnaya.
"Vou continuar o trabalho de Alexei Navalny. Vou continuar a lutar pelo nosso país, convosco. E apelo a todos para estarem perto de mim (...) Não é uma vergonha fazer pouco, é uma vergonha não fazer nada", insistiu.
A morte de Alexei Navalny provocou uma grande onda de emoção na Rússia e no Ocidente. Muitos líderes ocidentais culparam Moscovo pela sua morte, mas o Kremlin considerou essas declarações como "afirmações odiosas".