Ucrânia. Bispos europeus apelam à comunidade internacional para "silenciar as armas e parar conflito"
24-02-2023 - 12:02
 • Olímpia Mairos

Numa mensagem intitulada “Chamados a ser construtores da paz!”, o presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa assegura que os bispos europeus e as comunidades cristãs continuam a rezar pelas vítimas desta guerra e pelas suas famílias.

Os bispos europeus apelam à comunidade internacional para que continue a trabalhar no sentido de “silenciar as armas e acabar com o conflito” na Ucrânia.

Numa mensagem intitulada “Chamados a ser construtores da paz!”, o presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (Ccee), D. Gintaras Grušas, assegura que os bispos europeus e as comunidades cristãs continuam a rezar pelas vítimas desta guerra e pelas suas famílias.

“Estão próximos de quem sofre com esses atos de violência” e “reuniram-se numa rede de solidariedade para apoiar o povo ucraniano”, assegura D. Gintaras Grušas, informando que “durante o período da Quaresma, a Santa Missa será celebrada sucessivamente em cada nação para invocar a paz na Ucrânia e rezar pelos mortos devido à guerra”.

O Conselho das Conferências Episcopais da Europa recorda ainda que, ao longo deste ano de conflito, “muitas comunidades cristãs abriram as suas casas para os que fogem da guerra e muitos bispos e delegações foram a território ucraniano, como sinal concreto da proximidade da Igreja”.

“Enquanto o direito internacional está a ser espezinhado, num terrível cenário de guerra”, D. Gintaras Grušas observa que “todos os crentes em Cristo e os homens de boa vontade são chamados a fazer um esforço para construir a paz”.

Recordando a exortação pós-sinodal ‘A Igreja na Europa’, cujo vigésimo aniversário ocorre este ano, o presidente do Ccee afirma que “desde o início da guerra, as Igrejas que estão na Europa invocam a paz para a Ucrânia” e pedem que esta invocação “se traduza num fim imediato das hostilidades e num compromisso concreto de restabelecimento da justiça para um verdadeiro caminho de reconciliação”.

“Enquanto olhamos com amargura para as feridas atuais - escreve D. Grušas - “exortamos todos a continuarem o compromisso de solidariedade, que já está em marcha, para apoiar o povo ucraniano”.

“Também queremos comprometer-nos, desde já, na construção de uma Europa finalmente reconciliada numa paz justa, obtida graças ao empenho de todos. Fazemo-lo certos da Ressurreição de Cristo e com a consciência de que Ele é a esperança da Europa”, lê-se na mensagem.

Por fim, Gintaras Grušas, que participa em St. Gallen no encontro sobre a pastoral dos refugiados ucranianos na Europa, frisa que os bispos estão unidos ao “apelo que o Papa Francisco fez no início da Quaresma, para que 'aqueles que têm autoridade sobre as nações se comprometam concretamente a acabar com o conflito, chegar a um cessar-fogo e iniciar negociações de paz'”.