O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) considera que o Irão vai atacar Israel “mais cedo que tarde”. Joe Biden alertou esta sexta-feira Teerão para não prosseguir com a pré-anunciada retaliação pelo ataque de 1 de abril ao consolado iraniano em Damasco, na Síria.
Questionado pelos jornalistas sobre uma possível mensagem para o Irão, Biden disse simplesmente “não o façam”, e sublinhou o compromisso de Washington em defender Israel.
"Estamos dedicados à defesa de Israel. Apoiaremos Israel. Ajudaremos a defender Israel e o Irão não terá sucesso", assegurou o Presidente norte-americano.
Biden disse que não divulgaria informações protegidas, mas explicou que tem a expectativa que um ataque ocorra “mais cedo que tarde”.
Israel está a preparar-se para um ataque do Irão (ou de milícias ligadas ao país). Os alertas de retaliação pelo assassinato, na semana passada, de um alto oficial da embaixada do Irão em Damasco têm crescido nos últimos dias, e vários países pediram, esta sexta-feira, que se evitem viagens para o país.
Um comandante sênior da Força Quds no exterior do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana e seis outros oficiais iranianos morreram no ataque israelita a uma embaixada em Damasco, na Síria.
Portugal, França, Alemanha, Índia, Polónia e Rússia lançaram alertas aos cidadãos, pedindo para evitar viagens para a região. A Alemanha apelou inclusive aos seus cidadãos para deixarem o Irão.
Quanto a Portugal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros alertou para a mais recente indicação no Portal das Comunidades, e declarou que "os cidadãos nacionais que se encontrem no país devem respeitar os alertas emitidos pelas autoridades israelitas e seguir todas as instruções de segurança que aquelas emitam".
A Austrian Airlines, a última companhia aérea europeia a voar para o Irão, anunciou esta sexta-feira o cancelamento de todos os voos com destino naquele país até ao dia 18 de abril.
Israel não assumiu a responsabilidade pelo ataque aéreo de 1 de abril. Mas o líder supremo do Irão, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel "deve ser punido e será" por uma operação que ele disse ser equivalente a um ataque em solo iraniano.