A Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) apresentou dados sobre a evolução dos resultados internos dos alunos, noticiados esta quarta-feira pelo Jornal Público.
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, aponta à Renascença três possíveis razões para estes resultados.
“Por um lado, o trabalho excecional desenvolvido pelos nossos professores nos últimos anos, com primazia no trabalho colaborativo entre os docentes na altura da pandemia. Isso beneficiou muito os alunos”, diz. “Por outro lado, também recordemos que 2022 foi o primeiro ano em que se aplicou o plano de recuperação das aprendizagens e isso permitiu reforçar as aprendizagens, principalmente de português e matemática, por onde as escolas incidiram mais esta recuperação”, acrescenta.
O terceiro fator que Filinto Lima indica passa pelas medidas excecionais de avaliação a nível nacional e por escola na altura da pandemia. “Eu penso que estes foram os três principais fatores que, conjugados, deram nesta agradável notícia que foi, de facto, a melhoria de notas dos nossos alunos.”
A percentagem de estudantes com uma classificação final negativa a matemática, no 5.º ano de escolaridade, desceu, no período em análise, de 23% para 13% e a português passou de 16% para 6%. No 7.º ano, desceu de 33% para 21% na disciplina de matemática e de 22% para 10% na de português.
Esta tendência de descida também se verificou nos 6.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade. Destacam-se os resultados positivos crescentes entre o ano letivo 2011/2012 e 2020/202. Esta tendência acentuou-se a partir de 2020/2021.