António Guterres defende que a pandemia de coronavírus deve levar a repensar a relação com o meio ambiente e com os recursos marinhos.
No Dia Mundial dos Oceanos que se assinala, esta segunda-feira, o secretário-geral das Nações Unidas apela aos governos para que se comprometam com a conservação do mar.
“Enquanto trabalhamos para acabar com a pandemia e melhorar a reconstrução global temos uma oportunidade única nesta geração de corrigir a nossa relação com o mundo natural, incluindo mares e oceanos. Hoje, o nível do mar está a subir devido às mudanças climáticas que ameaçam vidas e meios de subsistência em cidades costeiras e comunidades em todo o mundo”, começa por dizer Guterres na mensagem. “Os oceanos estão a tornar-se mais ácidos, colocando em risco a biodiversidade marinha e as cadeias alimentares essenciais, além disso, a poluição do plástico está em todo o lado. Apelo aos governos e a todos os interessados que se comprometam com a conservação e a sustentabilidade dos oceanos, através da inovação e da ciência.”
O Dia Mundial dos Oceanos assinala-se sob o lema “inovação para um oceano sustentável” e pretende lembrar a importância dos oceanos na vida dos cidadãos e na preservação do planeta.
Criado pela ONU e escolhido o 8 de junho para assinalar a conferência da ONU sobre ambiente que decorreu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992 (Conferência do Rio), a data é hoje assinalada com colóquios e conferências, um pouco por todo o mundo.
Esta segunda-feira também é conhecida uma investigação feita em 23 países, segundo a qual quase metade dos portugueses receia que o bacalhau possa desaparecer da sua dieta em dentro de 20 anos. O mesmo estudo aponta ainda que mais de metade da população (54%) já alterou os seus hábitos de consumo de pescado para proteger os mares.