As multas por excesso de velocidade registadas entre janeiro e setembro aumentaram 25% até setembro face ao mesmo período de 2019, tendo este tipo de infração representado mais de metade do total das infrações deste ano, segundo a Segurança Rodoviária.
O relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) referente aos primeiros nove meses do ano indica que 63,5% do total de infrações registadas entre janeiro e setembro corresponderam a excesso de velocidade, sendo que as outras contraordenações assumiram um peso menos relevante.
Segundo o documento, as infrações por excesso de velocidade aumentaram, até setembro, 24,3% em comparação com o período homólogo de 2019, devendo-se esta subida ao sistema de radares fixos da ANSR, denominado por SINCRO, cujas os autos resultantes deste sistema aumentaram 50%.
No total, foram multados 600.523 condutores por excesso de velocidade até setembro, enquanto em 2019 verificaram-se 483.153 infrações.
Por sua vez, registaram-se este ano diminuições de 56,7% em infrações pela não utilização de sistemas de retenção, 37% nas relacionadas com excesso de álcool no sangue, 29% por falta de inspeção, 27,4% pelo uso de telemóvel e 26,2% devido à ausência de cinto de segurança.
O relatório dá conta que, entre janeiro e setembro, foram fiscalizados mais de 85,5 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, o que representa um aumento de 30,9% em comparação com igual período de 2019 devido ao acréscimo de 37% do sistema de radares da ANSR e de 27,6% dos radares da Polícia Municipal de Lisboa.
A ANSR indica que, dos cerca de 85,5 milhões de veículos fiscalizados, resultaram mais de 946 mil infrações, o que representa uma diminuição de 2,5% face aos primeiros nove meses do ano anterior.
No âmbito da criminalidade rodoviária, o número total de detenções efetuadas entre janeiro e setembro de 2020 diminuiu 19,7%, em comparação com 2019, atingindo 15.234 condutores.
Segundo a ANSR, quase metade das detenções deveu-se à condução sob o efeito do álcool (46,9%), muito embora se tenha verificado uma diminuição de 33,4% em relação a 2019. A taxa de condutores detidos baixou de 0,9% em 2019 para 0,8% em 2020.