Os portugueses estavam à espera de um comportamento diferente da selecção portuguesa no campeonato da Europa, que ainda decorre na Alemanha até domingo mas que, para nós, já chegou indesejavelmente ao fim. Assim, os nossos jogadores já regressaram a casa, e iniciaram um curto férias, o tempo suficiente para todos podermos fazer, eles também incluídos, um balanço sério do que valeu a nossa participação, e do que é necessário refletir para se poder garantir um futuro diferente para melhor.
As críticas severas que se têm feito ouvir, e vindas dos quadrantes mais diversos, apontam nos mais diversos sentidos, com o seleccionador e alguns dos atletas a serem os alvos favoritos dos mais descontentes.
Caberá, por isso, aos responsáveis federativos, fazer a mais importante avaliação da situação criada, num desejável curto prazo, porque as competições que se seguem estão próximas no tempo, com a Liga das Nações calendarizada para os primeiros meses do ano seguinte.
Na ressaca da nossa participação no Euro, há críticas direcionadas especialmente para Roberto Martinez, envolvendo também alguns jogadores entre os quais Cristiano Ronaldo poderá ser o mais visado. Sem Pepe, que se despediu depois do desafio com a França, o capitão é colocado em dúvida quanto à sua futura e continuada e desejada actuação.
Está assim colocada em situação de verdadeiro embaraço a direcção da Federação Portuguesa de Futebol, especialmente o seu Presidente, Fernando Gomes, a quem cabe tomar decisões sobre questões tão sensíveis quanto delicadas.
O momento não é fácil, e nem o tempo de férias recomenda a adiamentos.
É verdade que as atenções vão centrar-se no campeonato da primeira Liga, cujo sorteio é já conhecido, mas nem isso pode e deve evitar que a questão selecção continue a ser uma verdadeira prioridade.