Helton Leite deve encarar Paredes "como se fosse a final da Champions"
16-11-2020 - 12:45
 • João Fonseca

Vítor Pereira, ex-treinador de Helton Leite, explica as qualidades do brasileiro e a abordagem deste a uma oportunidade que pode surgir na Taça de Portugal, em Paredes.

Helton Leite, guarda-redes que o Benfica contratou esta temporada ao Boavista, pode estrear-se pelas águias no confronto com o Paredes, para a Taça de Portugal, um jogo que deve encarar como "se fosse a final da Liga dos Campeões".

Esta é a terceira temporada do brasileiro no futebol português, tendo chegado para o Boavista, onde foi treinador por Vítor Pereira.

Perante a possibilidade de uma estreia nas águias, no jogo do próximo sábado com o Paredes, Bola Branca, foi ouvir o homem que de perto trabalhou com o brasileiro, no Bessa. Agora em Bordéus, onde é coordenador da formação de guarda-redes, o técnico garante que Helton "se está a preparar como se fosse jogar a final da Liga dos Campeões".

Por outro lado, embora o contexto competitivo seja de um nível inferior, já que defrontará uma equipa do Campeonato de Portugal, o treinador lembra e avisa que estes são momentos e oportunidades que não se devem desperdiçar.

"Quando se joga num clube com a dimensão do Benfica, qualquer jogo onde participe, está o país a ver. Ele tem consciência que vai ter muitos olhos a observá-lo e quererá ser 100% eficaz e ter sucesso nas suas ações", afirma.

Vítor Pereira reconhece que o estatuto das águias lhes dá claro e absoluto favoritismo, mas embora não se "espere um grande volume de trabalho", Helton Leite está consciente que "a margem de erro é zero" e portanto "terá que corresponder".

O treinador, agora em França, recua poucos anos para fazer a radiografia ao profissional com quem trabalhou diretamente.

"Na baliza é muito forte. Raramente alguém lhe marca golos de fora da área. Devido à sua estatura decide bem no jogo aéreo e tem um alcance grande e uma dimensão muito boa. E é muito forte nas situações de um para um. Tem vindo aprimorar a sua técnica, que não é a que aprendeu no Brasil. Como é muito inteligente, foi desenvolvendo e hoje em dia é quase exímio", concretiza o técnico de guarda-redes.