O furacão Dorian continua a ganhar força, com ventos máximos de 175 quilómetros por hora, e pode atingir a Flórida, nos Estados Unidos, com força potencialmente devastadora.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) informou esta sexta-feira de que o Dorian poderá chegar à Flórida na segunda-feira, tornando-se num fenómeno "extremamente perigoso" da categoria 4 na escala Saffir-Simpson (máximo de 5), ou seja, com ventos máximos que podem chegar aos 225 quilómetros por hora.
O NHC indicou que o Dorian começou a dirigir-se mais lentamente e na direção noroeste, a uma velocidade de 19 quilómetros por hora.
"Espera-se que Dorian se torne num grande furacão ainda hoje e continue a ser um furacão extremamente perigoso durante o fim de semana", adiantou o NHC.
Segundo os meteorologistas, este avanço lento permite organizar melhor e alimentar os ventos graças às águas quentes do Caribe.
A Flórida, que declarou estado de emergência, prepara-se para inundações, ventos fortes, tempestades e até um fenómeno conhecido como "King Tide" (Maré-rei), que nada tem a ver com a chegada do furacão, mas que coincidirá com a chegada do ciclone.
De acordo com o NHC, o furacão move-se esta sexta-feira sobre o Atlântico, a leste do sudeste e o centro das Bahamas, vai aproximar-se do arquipélago no sábado e estará sobre o noroeste das Bahamas no domingo, onde se espera a "chuva pode causar inundações que ameacem vidas humanas".
Desde o início da temporada de furacões, que começou em junho, foram registadas outras quatro tempestades tropicais, Chantal, Andrea, Erin e Barry, esta última que se tornou num furacão em julho, pouco antes de chegar a Louisiana, onde deixou perdas materiais substanciais, mas nenhuma fatalidade direta.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, cancelou a visita que tinha programado neste fim de semana à Polónia devido ao furacão Dorian.
"Para permitir que o conjunto de meios do Estado federal esteja concentrado na tempestade que está a chegar, decidi enviar o vice-presidente, Mike Pence, à Polónia, em meu lugar, no fim de semana", declarou Trump na Casa Branca.
O Presidente dos Estados Unidos era esperado no domingo em Varsóvia para o 80.º aniversário do início da II Guerra Mundial, que começou em 1 de setembro de 1939 com um ataque da Alemanha nazi à Polónia.