A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, desafia o Governo a levar a votos o seu Programa de Estabilidade, por considerar que "seria clarificador e relevante" para dar estabilidade ao país.
"Nós continuamos sem o conhecer, lamentavelmente. Entendemos que deveria ser feito um debate mais largo, a par e passo com aquele que está a ser feito para o plano nacional de reformas", disse hoje a líder do CDS-PP na Mêda, Guarda, onde o partido realiza o seu Conselho Nacional.
Em declarações aos jornalistas, Assunção Cristas disse que levar o Programa de Estabilidade a votos "não foi o entendimento do Governo", mas, em sua opinião, "seria clarificador e relevante para dar estabilidade ao país".
"Em todo o caso, nós continuamos à espera de saber o que está nesse Programa de Estabilidade e desafiamos, já que de estabilidade estamos a falar, desafiamos o Governo, mas também os partidos das esquerdas mais radicais que o apoiam, o PCP e o BE, a conferirem e aferirem da estabilidade do seu apoio ao Governo através de uma apresentação e de uma votação desse Programa de Estabilidade no Parlamento, juntamente com a votação do programa nacional de reformas", afirmou.
A líder do CDS-PP sublinhou que "não é obrigatório levar o Programa de Estabilidade a votos", mas, para o seu partido, "seria clarificador e relevante para dar estabilidade ao país".
"O nosso entendimento é que o país precisa de estabilidade, os desafios são muito grandes. Infelizmente os números do crescimento económico e os números do desemprego não nos deixam descansados", reforçou.
Assunção Cristas declarou ainda que na perspectiva do CDS-PP o Governo liderado por António Costa "não anda pelos caminhos direitos, não tem feito as melhores opções, mas quem está com o Governo, o PCP, o BE e Os Verdes, devem poder dizer claramente que continuam com o Governo e que se revêem nesse Programa de Estabilidade".
"Parece muito claro que existe um Plano B. Parece muito claro que há uma diminuição do crescimento económico, o desemprego também não se está a comportar como tinha vindo a comportar-se com uma redução consecutiva, e, portanto, são sinais de preocupação", afirmou também a presidente do CDS-PP nas declarações proferidas aos jornalistas na cidade de Mêda, distrito da Guarda, quando questionada sobre o assunto.
Na sua intervenção apontou que "todas as semanas há entidades nacionais e internacionais, do FMI à Universidade Católica, que vão sinalizando essa trajectória que não é num sentido positivo".
Aquilo que o CDS continua a perguntar é: "quais são as medidas do Plano B e o que é que está no Programa de Estabilidade".
"Teria sido positivo se pudéssemos debater e discutir, precisamente com tempo, esse Programa de Estabilidade", rematou.