O debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro ficou marcado por protestos de polícias no Capitólio.
No entanto, a manifestação não teve o aval dos sindicatos e foi comunicada pela PSP ao Ministério Público, previamente,
O Explicador Renascença esclarece o que aconteceu.
Por que é que a PSP comunicou o protesto ao Ministério Público?
Porque a manifestação junto ao local onde se realizou o debate entre os líderes do PS e do PSD não foi autorizada pela Câmara de Lisboa.
Por isso, a PSP vai fazer uma comunicação ao Ministério Público.
Não estava autorizada, previamente?
Estava. Mas não naquele local.
O protesto dos elementos das forças de segurança, da PSP, GNR e Guarda Prisional tinha permissão para a praça do Comércio, mas nunca tinha sido avançada a possibilidade de a marcha seguir para a porta do Capitólio.
Qual poderá ser a consequência?
O facto da Direção Nacional da PSP fazer uma comunicação obriga, desde logo, a uma investigação. Quem esteve no local não autorizado e quem decidiu fazer isso.
Provavelmente, alguns dos participantes poderão ser identificados. Feita essa investigação, poderá haver lugar a multa, ou o caso pode ser arquivado, uma vez que não se verificaram distúrbios
A atmosfera ficou tensa?
Os manifestantes concentraram-se à porta do Capitólio onde decorreu o debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro.
O edifício tem apenas uma entrada, ou seja, os dois principais candidatos a primeiro-ministro ficariam de alguma forma sequestrados. Mas, de facto não houve distúrbios e o protesto desmobilizou após o final do debate
Quais as razões do protesto?
As razões habituais. Em causa, está a exigência de um suplemento salarial que foi atribuído á Polícia Judiciária e não às restantes forças de segurança.
Aliás, esse foi o tema que marcou o início do debate da última noite com os dois líderes a repetirem a ideia de que estão disponíveis para uma avaliação das condições para a atribuição do subsídio.
Pedro Nuno Santos sublinhou contudo que não aceita discutir sob coação deixando entender que a manifestação tinha esse pretexto