A nova selecionadora espanhola, Montse Tomé, vai anunciar a sua primeira lista de convocadas sem as 39 jogadoras que exigiram uma restruturação da federação para regressar à seleção, na sequência do beijo de Luis Rubiales a Jenni Hermoso.
21 das campeãs do mundo e outras 16 jogadoras assinaram um comunicado conjunto em que solicitaram a restruturação do organigrama do futebol feminino, a reestruturação do gabinete da presidência e da secretaria geral, a demissão do presidente da RFEF, Rubiales, que já aconteceu, a restruturação da área de comunicação e marketing - que emitiu um comunicado com declarações alegadamente falsas de Hermoso após o beijo de Rubiales -, e a restruturação da direção de integridade.
"Ao dia de hoje, tal como transmitimos à RFEF, as mudanças produzidas não são suficientes para que as jogadoras se sintam num lugar seguro, onde se respeite as mulheres, se aposte pelo futebol feminino e onde possamos dar o nosso máximo rendimento", conclui o comunicado.
Ao todo, 39 jogadoras assinam o comunicado, incluindo 21 das 23 que se sagraram campeãs do mundo na Austrália e na Nova Zelândia.
Segundo a "Marca", a Federação está disposta a colaborar e as negociações prolongaram-se nos últimos dias, mas Pedro Rocha só demitirá funcionários quando existirem provas concretas de comportamento indevido.
Sem acordo até ao momento, Montse Tomé vai mesmo anunciar a sua primeira lista de convocadas sem qualquer campeã mundial.
A Espanha vai defrontar a Suécia e a Suíça na dupla jornada inaugural da Liga das Nações, a 22 e 26 de setembro, respetivamente. Também a Itália faz parte do Grupo D da Liga A. A nova prova do futebol feminino tem dois chamarizes: um troféu e três vagas para os Jogos Olímpicos, em que a seleção espanhola nunca participou.