O príncipe Harry assinou mais um contrato profissional depois da saída da família real britânica, desta vez com uma startup em Silicon Valley, o grande centro tecnológico dos Estados Unidos, na Califórnia.
É o terceiro vínculo que o duque de Sussex assina, depois de ele e Meghan Markle terem rubricado um contrato multimilionário com as plataformas de streaming Netflix e o Spotify, mas é o primeiro emprego formal para o príncipe.
Segundo o jornal The Guardian, Harry irá trabalhar como diretor de impacto da BetterUp, uma empresa vale mais de mil milhão de dólares (quase 850 milhões de euros) e que fornece serviços de aconselhamento de saúde mental e ‘coaching’ profissional.
O duque de Sussex será responsável por criar uma maior consciencialização sobre a necessidade de melhorar serviços de saúde mental, por criar estratégias para estes serviços e por aconselhar em colaborações de caridade.
Não é a primeira vez que o príncipe trabalha nesta área. Quando ainda fazia parte da família real, Harry fundou os Jogos Invictus, um evento desportivo, destinado a militares feridos em combate ou doentes, com o objetivo de promover a reabilitação psicológica e física dessas pessoas. Também fundou uma instituição de caridade, Sentebale, que apoia saúde mental e bem-estar em jovens com o vírus da SIDA no Lesoto e no Botswana, no sul do continente africano.
Em comunicado, o marido de Meghan Markle disse que a sua experiência pessoal ensinou “o poder de transformar a dor em um propósito” e também remeteu para a sua passagem nas forças armadas britânicas.
“Durante a minha década nas forças armadas, aprendi que não é só preciso criar uma resiliência física, mas também uma resiliência mental. E nos anos desde então, a minha perceção sobre o que é que essa resiliência significa – e como podemos construi-la – foi sendo moldada pelas milhares de pessoas e especialistas que tive a sorte de conhecer e ouvir”, salientou Harry.
O duque de Sussex começou o seu trabalho de consciencialização logo no comunicado, ao acrescentar que "muitas vezes, por causa de barreiras sociais, dificuldades financeiras ou estigma, muitas pessoas não são capazes de se concentrar na sua saúde mental até que sejam forçadas a isso”. “Quero que nos afastemos da ideia de que alguém se sente derrotado antes de pedir ajuda", vincou.
Do lado da BetterUp, o presidente executivo, Alexi Robichaux, elogiou a disponibilidade de Harry para exercer um “cargo significativo”. “Ele é sinónimo desta aproximação sobre a saúde mental e está a investir muito em si”, acrescentou Robichuax.
Segundo o The Guardian, os dois conheceram-se através de um amigo mútuo e Robichaux referiu que “não foi difícil” vender a ideia a Harry.
Desde que saíram da família real britânica, os duques de Sussex têm andado ocupados. Depois dos contratos multimilionários com plataformas de streaming, os dois participaram na famosa entrevista com Oprah Winfrey, na qual contaram episódios de racismo e perturbações mentais durante a estadia de Meghan Markle em Buckingham.