Todos os dias há oito crianças mortas ou feridas no Iémen. Os números são divulgados pela Unicef, que os associa ao intensificar dos conflitos naquele país árabe, desde final de Março.
Num relatório divulgado esta quarta-feira, o Fundo das Nações Unidas para a Infância revela que nos últimos cinco meses cerca de 400 crianças morreram e mais de 600 ficaram feridas.
E há outros dados trágicos. O número de menores recrutados ou utilizados como combatentes mais que duplicou. Este ano são até agora 377. No ano passado eram 156.
Naquele país, que faz fronteira com a Arábia Saudita e Omã, mais de 2,5 milhões de crianças com idade inferior a 15 anos estão em risco de contrair sarampo. Cerca de dois milhões estão perto da subnutrição – uma subida de quase um milhão, em relação a 2014.
Há 10 milhões de crianças, que representam 80% da população abaixo dos 18 anos, a precisar de ajuda humanitária urgente.
Ainda segundo a Unicef, nos últimos cinco meses, os combates já mataram mais de 4.300 pessoas, muitas delas civis. Mais de 1,3 milhões de iemenitas foram forçados a fugir de casa.
Desde o final de Março que uma coligação internacional liderada pela Arábia Saudita tem bombardeado posições dos rebeldes houthi – força dominante no Iémen, apoiada pelo Irão. A Unicef considera que a escalada do conflito, que classifica de brutal, tem como principais vítimas as crianças.