Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
O Governo dos Estados Unidos anunciou esta quarta-feira que vai comprar mais 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório norte-americano Pfizer e pela alemã BioNTech, devendo recebê-las no segundo semestre de 2021.
O anúncio foi feito após várias semanas de intensas negociações entre a Pfizer e a administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, para juntar estas novas doses ao pedido inicial de outras 100 milhões de doses, que já começaram a ser distribuídas e fornecidas no país.
Segundo o acordo estabelecido, além dessas 100 milhões de doses iniciais, a Pfizer fabricará e entregará aos Estados Unidos “pelo menos 70 milhões de doses até 30 de junho de 2021” e outras 30 milhões de doses até, no máximo, 31 de julho de 2021, explicou o Pentágono em comunicado hoje divulgado.
A vacina da Pfizer, a primeira aprovada nos Estados Unidos contra a Covid-19, requer duas doses para imunizar, portanto, o novo lote acordado com os Estados Unidos só deverá ser suficiente para inocular mais 50 milhões dos cerca de 330 milhões de habitantes do país.
O Governo dos EUA pagará cerca de 1,6 mil milhões de euros pelas 100 milhões de doses adicionais, de acordo com os valores avançados pela Pfizer.
O anúncio eleva o total de doses que os EUA receberão de soro da Pfizer para 200 milhões e surge semanas depois de o jornal The New York Times ter revelado que a administração de Trump rejeitou, no verão, uma oferta da Pfizer para comprar doses adicionais da vacina contra o coronavírus.
Na altura, a Casa Branca insistiu que não seria sensato comprar tantas doses quando ainda não se sabia se a vacina da Pfizer seria eficaz contra a Covid-19, mas muitos especialistas dos Estados Unidos ficaram alarmados ao saber que a farmacêutica poderia não produzir unidades suficientes para o país até junho de 2021, dado o compromisso que já tinha assumido com outros países.
O Pentágono e o Departamento de Saúde dos EUA garantiram hoje que o novo acordo com a Pfizer “também inclui opções” para adquirir, no futuro, “mais 400 milhões de doses” da vacina contra a Covid-19.
“Esta nova compra pode dar aos norte-americanos ainda mais confiança de que teremos doses suficientes para vacinar todos os norte-americanos que desejarem fazê-lo até junho de 2021”, disse o secretário de Saúde, Alex Azar, em comunicado, apesar de outros especialistas estimarem que a campanha de vacinação irá durar até bastante mais tarde.
Além de 200 milhões de doses que garantiu da Pfizer e de mais 200 milhões da Moderna – cuja vacina também foi aprovada no país - os Estados Unidos compraram 300 milhões de unidades da vacina que está a ser desenvolvida pela AstraZeneca, 100 milhões da Novavax, 100 milhões da Sanofi e GSK e outros 100 da Johnson e Johnson.
“Estamos confiantes de que vai dar [para toda a população] e sobrar”, afirmou Azar.
As autoridades anunciaram ainda outro acordo com o grupo farmacêutico alemão Merch para apoiar o desenvolvimento e o fabrico em larga escala de um tratamento experimental para doentes de Covid-19 hospitalizados com gravidade, conhecido como MK-7110.
Os EUA são o país do mundo mais afetado pela Covid-19, com mais de 18,2 milhões de casos e mais de 322.800 mortes, de acordo com dados independentes da Universidade Johns Hopkins.
A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 1.718.209 no mundo desde que a Organização Mundial de Saúde relatou o início da doença, em dezembro de 2019, na China, segundo um levantamento da agência de notícias AFP.
Mais de 77.992.300 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da epidemia, dos quais pelo menos 49.481.100 pessoas já foram consideradas curadas.