Este domingo, os franceses optam pela continuação de Emanuel Macron na presidência do país ou pela eleição da candidata da direita, Marine Le Pen. A Renascença falou com o presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas para perceber como a diáspora portuguesa em França seguiu a reta final destas eleições e qual intenção de voto.
Paulo Marques diz que duma maneira geral o programa do atual presidente é mais bem visto pelos nacionais que residem em França, mas a intenção anunciada por Macron de aumentar a idade da reforma dos 62 para os 65 anos, pode pesar no voto.
“O facto de Macron ter dito que iriamos alongar a reforma e os anos de quotização para obtermos essa reforma e Marine Le Pen contrapor com os 60 anos… é uma questão importante para a comunidade portuguesa. No que diz respeito a todos os outros aspetos. muito provavelmente o programa de Macron responde mais aos anseios da nossa comunidade, nomeadamente no que diz respeito ao poder de compra e à possibilidade de termos uma França mais unida.”
O presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas em França diz que de uma maneira geral a comunidade está bem esclarecida para poder votar, mas os anúncios e recuos e as muitas promessas feitas durante a campanha podem baralhar as regras do jogo.
“Verificou-se nesta última semana que muita coisa foi prometida e foi dita uma coisa num dia e outra no dia a seguir. Isso é que dificulta uma leitura perfeita do programa. Mas todos nós recebemos em casa os programas de ambos os candidatos e sabemos por isso realmente quais são as diferenças entre os dois.”
Na primeira volta, realizada a 10 de abril, Macron, o Presidente cessante, foi o mais votado dos 12 candidatos na corrida, obtendo 27,85% dos votos, seguido de Le Pen, com 23,15%, segundo os resultados oficiais.
Em todo o país, cerca de 48,7 milhões de eleitores franceses são chamados a votar.
Os eleitores podem votar nas urnas entre as 8h00 (menos uma hora em Lisboa) e as 19h00 (18h00 em Lisboa) na maior parte do país e até às 20h00 (19h00 em Lisboa) nas grandes cidades.
Também em Portugal, 16.023 eleitores inscritos poderão exercer o seu direito de voto nas representações diplomáticas francesas em três cidades: Lisboa, Porto e Faro.